Bom dia para quem já entendeu que a maior mudança tributária da nossa geração não será sobre pagar mais ou menos imposto, mas sobre mudar as regras do jogo.
Na edição de hoje:
° A Reforma Tributária além dos impostos: por que o fim da guerra fiscal muda o jogo para sempre.
° O cronograma de extinção dos incentivos estaduais — e como isso afeta decisões de investimento.
° Sudene e estratégia: o último grande diferencial competitivo regional para quem se antecipar até 2028.
Na última segunda-feira, Linhares recebeu Eduardo, sócio da PwC e especialista em consultoria tributária, convidado pela Sindimol para falar sobre Reforma Tributária. Não foi só mais um evento: quatro dos maiores escritórios de contabilidade da cidade sentaram juntos, lado a lado, em um painel com empresários. Uma cena rara, concorrentes trocando ideias de forma madura, direta e saudável.
E no meio de tantas falas, uma verdade ficou clara: os incentivos fiscais que sustentaram empresas e estados por décadas têm data para acabar.
Vamos lá?
Durante décadas, estados disputaram empresas oferecendo benefícios de ICMS e ISS. Essa “guerra fiscal” definiu onde indústrias se instalaram, onde centros de distribuição foram erguidos e até quais municípios cresceram mais rápido.
Mas agora o aviso está dado: esse modelo não cabe no novo sistema.
O cronômetro já começou a rodar
A transição dos incentivos fiscais foi desenhada em etapas:
2026 a 2028 → período de adaptação, sem cortes.
2029 → redução de 10%.
2030 → redução de 20%.
2031 → redução de 30%.
2032 → redução de 40%.
2033 → fim da festa.
A partir daí, incentivos estaduais e municipais deixam de ser determinantes.
O que vale é logística, custo operacional e estratégia de execução.
Tá, e a Sudene?
Nem tudo vai embora.
A Sudene é um programa federal, não estadual. E isso faz toda a diferença.
Enquanto ICMS e ISS entram em extinção progressiva, a Sudene continua oferecendo:
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Redução de até 75% no IRPJ;
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Possibilidade de reinvestimento do imposto devido;
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Prazo de fruição de 10 anos, para projetos aprovados até 31/12/2028.
Ou seja: enquanto muitos incentivos perdem validade, a Sudene pode se tornar a principal vantagem competitiva para empresas que se planejarem, especialmente empresas localizadas em sua área de atuação (todo o Nordeste + parte de Minas Gerais e Espírito Santo).
O que isso significa, na prática, para o empresário?
Não dá mais para escolher endereço pela guerra fiscal.
O mapa de localização de indústrias e centros de distribuição muda: logística e eficiência passam a mandar no jogo.
Projetos precisam ser antecipados.
A janela de oportunidade está aberta até 2028. Depois disso, quem não tiver aprovado projeto perde o direito de usar o benefício federal.
Estratégia não é só tributária.
A mudança impacta custos, cadeia de suprimentos, precificação e até modelo de negócio. Empresas precisam rever sua operação com antecedência.
Quem se antecipar cria vantagem.
De 2029 a 2032, quem já tiver se ajustado joga na frente. Quem esperar 2033 descobre, tarde demais, que o chão desapareceu.
E é justamente por isso que nós, da Tess, criamos o Comitê da Reforma Tributária 2026.
Um espaço exclusivo para antecipar cenários, construir estratégias e preparar nossos clientes para atravessar cada etapa da transição com segurança e clareza.
📌 O lançamento oficial acontece amanhã, durante o jantar com nossos clientes.
Porque o futuro não espera. E sua empresa também não pode.
“A estratégia é sobre criar um amanhã melhor, não sobre proteger os privilégios de ontem.”
Até a próxima semana! 👋
By Kaline Marchiori