Bom dia para quem prefere tecnologia com ROI real ao hype sem entrega.
No café de hoje:
° Hype x realidade: por que tanta inovação empolga… e pouca entrega
° Quem está colhendo ROI real com IA, agro digital e automação
° Como separar tendência de modismo corporativo
“A Inteligência Artificial vai criar mais milionários em 5 anos do que a internet criou em 20.”
– Jensen Huang, CEO da NVIDIA
Essa frase virou manchete no mundo todo. E com razão.
Estamos vivendo a maior transformação tecnológica da história recente.
Mas com ela vem a pergunta que todo empresário sério precisa fazer:
Você está surfando uma tendência com ROI real ou só comprando mais um modismo corporativo?
A ilusão do novo é velha conhecida
A cada semestre, o mundo dos negócios elege sua nova salvação:
CD-ROM, e-business, big data, blockchain, metaverso… e agora, IA generativa.
O ciclo se repete porque o hype é confortável.
Ele cria a sensação de progresso, mesmo quando nada muda na prática.
CEOs anunciam projetos, investidores aplaudem, manchetes se multiplicam.
Mas quando se olha para o caixa…
Pouca coisa aconteceu.
Por que o hype é tão sedutor?
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Pressão por parecer inovador: é mais fácil anunciar “vamos implementar IA” do que encarar o gargalo na logística que drena a margem.
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FOMO corporativo: se a concorrência entrou no hype, parece arriscado ficar de fora.
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Inovação como espetáculo: apresentações bonitas, palavras em inglês, labs com luz de LED, mas o resultado real fica sempre para “o ano que vem”.
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Desalinhamento tech x negócio: os times de inovação olham para a tecnologia, não para os problemas reais da operação.
Enquanto uns seguem a moda, outros perseguem ROI:
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TIM Brasil: R$ 34 milhões economizados com IA generativa. ROI de 340% em 12 meses.
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Casas Bahia: +28% de receita por cliente com IA integrada à jornada.
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JBS: -27% no desperdício com algoritmos de previsão de demanda.
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Magazine Luiza: ROI de 420% em 18 meses com IA aplicada em estoque e atendimento.
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Agro: +95% dos produtores adotaram soluções digitais. Não por modismo, mas por margem.
Chegamos ao “patamar da produtividade”
A fase da euforia já passou. O ciclo do hype está se estabilizando.
O momento agora é outro: maturidade tecnológica com foco em resolver problemas reais.
As promessas genéricas de substituição de profissionais deram lugar a algo muito mais interessante:
IA como potencializadora de produtividade e não substituta de pessoas.
Esse é o caminho das empresas que estão extraindo valor da tecnologia com consistência.
📌 O risco é subestimar o básico
Toda empresa tem ineficiências óbvias:
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Processos lentos
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Estoques desbalanceados
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Dados mal utilizados
Inovar de verdade não é pular etapas, é resolvê-las com mais inteligência.
E como evitar o conto da tecnologia mágica?
✅ Comece pelo problema, não pela tecnologia
✅ Estabeleça metas reais (“reduzir custo logístico em 15%” > “usar IA”)
✅ Busque ROI em até 12 meses, se não vier rápido, dificilmente virá
✅ Escute quem está na ponta, a melhor inovação nasce no chão de fábrica
Tecnologia que entrega ROI tem três pilares:
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Interfaces simples que escondem a complexidade técnica
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Cultura digital crítica com pessoas treinadas para usar e liderar
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Otimização dos custos de treinamento e operação dos modelos de IA
Sem esses pilares, o projeto de inovação vira palco e não alavanca.
Quem entendeu o jogo?
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Indústria: MES e IoT com retorno em até 30 dias
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Agro: drones, IA, previsão de safra, crédito digital, resultado direto no campo
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Comércio: ERP + automação de CRM = mais escala com menos custo
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Finanças: IA aplicada à conciliação, previsão de caixa e crédito = decisões rápidas e lucro direto
Inovação de verdade não precisa de modismos nem de slides bonitos.
Ela aparece na margem, no lucro, na eficiência operacional.
Enquanto muitos se apaixonam pela próxima promessa, os vencedores estão resolvendo o básico com excelência, e é aí que mora o diferencial competitivo.
“Não há nada tão inútil quanto fazer com grande eficiência algo que não deveria ser feito.”
— Peter Drucker
Até a próxima! 👋
By Kaline Marchiori