Bom dia para quem acompanha a Tess News toda semana e já viu a gente falar de tudo: crescimento, tarifaço, inteligência artificial, reforma tributária… mas hoje o papo é outro.
Porque de nada adianta vender mais, automatizar processos ou rodar planejamento estratégico se, por dentro, a empresa está desorganizada.
Na edição de hoje:
° Por que falar de governança agora
° O modelo que funciona (e o que não funciona)
° O que toda empresa precisa revisar urgente
Vamos lá?
Por que tanta empresa quebra justamente quando começa a crescer?
A resposta costuma ser mais simples do que parece: porque continua operando no improviso.
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Sócios decidem no feeling.
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Não existe conselho, nem interno, nem externo.
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Caixa da empresa mistura com o caixa dos donos.
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Auditoria só aparece quando dá problema.
Crescer sem governança é igual construir prédio sem fundação. Dá pra levantar alguns andares… mas uma hora cai.
Mas por que falar de governança agora?
Porque enquanto a gestão garante que a empresa funcione bem hoje, a governança garante que ela continue existindo amanhã.
Gestão é tática.
Governança é estratégia.
A gestão resolve problemas do dia a dia: prazos, metas, produtividade, entregas. Já a governança se preocupa com questões maiores, que moldam o futuro do negócio:
➡️ Quem decide os rumos da empresa?
➡️ Como garantir transparência entre sócios e lideranças?
➡️ Quais os mecanismos de controle e proteção do patrimônio empresarial?
➡️ Quem fiscaliza quem e com base em que princípios?
Governança é o conjunto de regras, processos e estruturas que asseguram que a empresa seja bem conduzida, mesmo em momentos de crise ou transição.
Seu objetivo é garantir sustentabilidade, perenidade e confiança.
E tudo começa por quatro princípios:
1. Transparência: decisões claras e comunicadas
2. Prestação de contas: ninguém acima da responsabilidade
3. Equidade: justiça na relação entre sócios, colaboradores e partes interessadas
4. Responsabilidade corporativa: compromisso com o impacto da empresa no mercado e na sociedade
Ou seja: enquanto a gestão resolve o agora, a governança sustenta o amanhã.
Sem uma, a empresa patina. Sem a outra, ela quebra.
📌Por onde começar?
Não precisa de CNPJ bilionário para começar a organizar a casa. Comece simples:
✅ Existe algum conselho, mesmo que consultivo?
✅ Você tem um plano de sucessão, ainda que embrionário?
✅ Os sócios prestam contas entre si?
✅ Seu time revisa indicadores ou só apaga incêndio?
Se a maioria das respostas for “não”, a governança da sua empresa está no improviso.
📌Os 5 primeiros passos (práticos e reais):
1. Organize os papéis dos sócios e registre decisões importantes
2. Crie rituais: reuniões mensais com pauta, metas e atas
3. Monte um conselho consultivo — mesmo que com amigos empresários
4. Estabeleça regras para entrada/saída de sócios e sucessão
5. Trate sua empresa como uma entidade independente de você
📌O que você NÃO deve fazer (e quase todo mundo faz):
❌ Misturar conta pessoal e conta da empresa
❌ Achar que o sócio que “trabalha mais” tem mais poder de decisão
❌ Depender do dono pra tudo: operação, finanças, até marketing
❌ Decidir com base no feeling, sem olhar para os números
❌ Trocar planejamento por urgência
🧠Reflexão final:
Sua empresa está pronta para prosperar mesmo sem você na operação?
Se a resposta for não, talvez você ainda esteja empreendendo como autônomo, e não como empresário.
Aqui na Tess, a gente fala de muita coisa. Mas se tem uma base que sustenta tudo, é governança. Porque não adianta ter a melhor tecnologia, a maior equipe ou o maior faturamento se, por dentro, a empresa não consegue responder perguntas simples: Quem manda? Quem fiscaliza? Quem cuida da saúde da empresa enquanto o foco é vender e crescer?
Governança não é burocracia.
É o que separa empresas que crescem das que sobrevivem.
Até semana que vem 👋